domingo, 4 de novembro de 2012

Slime Mold.


Para iniciar as atividades deste blog começarei falando sobre o protozoário Physarum polycephalum, também conhecido como slime mold, o que ele é capaz de fazer é um bom exemplo do tipo de conteúdo que pretendo mostrar aqui que envolve a interdisciplinaridade entre computação, evolução e também biologia.
O Physarum é um organismo unicelular macroscópico que para procurar alimento se expande de uma maneira em que se forma uma rede de conexão entre as fontes de alimentos encontradas. Essas conexões são otimizadas de forma que haja um gasto mínimo de recursos tais como energia e estruturas, e também tolerância à falhas tais como uma desconexão acidental.
Essa habilidade permite que ele por exemplo encontre o caminho mínimo em um labirinto, isso pode ser visto no vídeo abaixo:


Um grupo de pesquisadores analisou as redes formadas por esses organismos e notou que elas poderiam ser mais otimizadas que as feitas pelo homem,  devido ao fato que essa espécie passou por anos de seleção natural sofrendo as mais diversas pressões relativas à economia de recursos e tolerância à falhas. Com isso foi feito um experimento simulando o metrô de Tóquio utilizando um mapa e as estações representadas por flocos de aveia que o Physarum iria procurar, restrições geográficas do mapa tais como lagos e o oceano foram feitas utilizando pontos de luz (que o protozoário evita).
O desenvolvimento pode ser visto na figura abaixo:


O resultado interessante é que a rede criada foi muito semelhante à criada pelo homem, mostrando como se pode se inspirar na natureza pra resolver problemas do dia a dia, outro fato notável é que o protozoário realizou essa tarefa sem possuir um cérebro ou alguma estrutura central de processamento.

Se alguém se interessar (o que eu duvido muito),  nesse site existem algumas informações a mais, e também dicas de como criar um própria cultura, coisa que estou tentado a começar.

http://www.educationalassistance.org/Physarum/PhysarumPlus.html

Fonte:
Tero, A., Takagi, S., Saigusa, T., Ito, K., Bebber, D., Fricker, M., Yumiki, K., Kobayashi, R., & Nakagaki, T. (2010). Rules for Biologically Inspired Adaptive Network DesignScience, 327 (5964), 439-442 DOI: 10.1126/science.1177894

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