domingo, 30 de dezembro de 2012

Why You Want To Become a Biohacker: Rodrigo Martinez.

Palestra interessante sobre biohackers, impressoras 3D e o futuro das inovações tecnológicas. E também mais uma ferramenta para conhecer: http://www.clothocad.org/.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Avida e a ascensão e queda dos parentes traíras.

O Avida é um software utilizado para se criar seres vivos artificiais digitais replicantes, com ele se pode criar várias simulações de modelos evolutivos. Ele funciona da seguinte forma, os organismos são programas que rodam utilizando uma linguagem de programação simplificada que é o seu genoma. A simulação começa com um número de organismos  que já possuem os genes necessários para a replicação e ocasionalmente ocorrem mutações, com isso já temos a receita para a evolução ocorrer: replicação, mutação e competição por recursos. Para que a replicação aconteça  há um  custo energético, e a energia é conseguida através de operações lógicas definidas pelo usuário, geralmente são operações booleanas ou cálculos matemáticos, pode se fazer uma analogia com o metabolismo de seres vivos do mundo físico. Um exemplo interessante de simulação é uma que demonstra a existência de altruísmo via seleção parental em organismos digitais. Ela foi baseada no comportamento de um tipo de bactéria que produz uma toxina até explodir  e a espalhar na área ao redor dela, essa toxina é danosa para organismos que não possuem imunidade a essa substância, como essa bactéria é imune, a toxina acaba eliminando a concorrência por recursos causada por indivíduos estranhos à ela. Dar a vida pelo próximo pode parecer um comportamento um tanto extremo para um ser vivo, cujo objetivo é se replicar e passar os seus genes adiante, mas como é discutido no livro "O gene egoísta" de Richard Dawkins, a seleção é baseada no gene e não no indivíduo, portanto fazendo esse sacrifício o gene estará ajudando várias cópias de si mesmo. Na simulação citada, é mostrado que o sacrifício pelos parentes pode ser vantajoso, só que essa estratégia abre espaços para organismos aproveitadores, que recebem ajuda mas não fazem nada para ajudar os outros. Após rodar uma série de experimentos e simulações diferentes foi constatado que em um ambiente sem “traíras”, os organismos acabam sendo menos discriminatórios na hora de ajudar outros indivíduos, ou seja os que não tenham um grau de parentesco tão próximo (genes não muito parecidos), já com os “traíras”, a estratégia é ajudar aqueles com um grau de parentesco maior (genes parecidos). Nos próximos posts pretendo utilizar o software para rodar minha própria simulação e alguns tutoriais.

Tela do programa. Fonte: Wikipedia.


Paper sobre a simulação mencionadaJeff Clune, Charles Ofria, Robert T. Pennock. "Kin-Selection: The Rise and Fall of Kin-Cheaters" In Pollack, Jordan, M. Bedau, P. Husbands, T. Ikegami and R. Watson (eds.)